No próximo dia 15, vence o prazo para quem pretende contestar, na Justiça, a correção das cadernetas de poupança bloqueadas pelo Plano Collor 20 anos atrás.
Em março de 1990, o governo Collor mandou bloquear as poupanças. Quem tinha dinheiro aplicado só pôde ficar com, no máximo, 50 mil cruzados novos, que na época equivaliam a cerca de US$ 1,3 mil. O resto ficou retido no Banco Central.
A discussão sobre as perdas no Plano Collor está em torno do rendimento creditado em maio de 90 nas cadernetas de poupança, que ficou em 0,5%. Advogados e entidades de defesa do consumidor afirmam que o rendimento daquele mês deveria ser meio por cento mais a inflação medida pelo índice de preços ao consumidor: 44,8%.
A briga pela diferença foi parar no Judiciário. Só no estado de São Paulo, mais de 10 mil ações estão em andamento. O prazo para entrar na Justiça termina no dia 15 de março, quando o confisco completa 20 anos e pela lei, o poupador perde o direito de reclamar.
Segundo o advogado Alexandre Berthe, a correção para quem tinha R$ 50 mil na poupança na época do bloqueio. ficaria em torno de R$ 5,7 mil a R$ 6,2 mil.
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Fonte: Jornal Nacional.
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